Maria Dolores de la Sagra, a Mulher Maravilha da Grande Rio!
Olá, esse é o PURO SUCESSO, especial de carnaval! Escolhemos a dedo uma empreendedora, que tem dado o que falar, por aqui no blog, a arquiteta, designer, parceira e minha grande amiga, Maria Dolores de la Sagra, ou Kiki de la Sagra, o caso de sucesso da semana, para te inspirar e para você enxergar o carnaval por dentro, como um mercado, uma indústria.
Pois é, eu comecei a semana escrevendo minha coluna inspirada por ela (ela me inspira todos os dias, desde os meus 15 anos, quando era minha chefe guia escoteira, por criar N soluções criativas para uma série de questões) e nessa semana, especificamente, eu me inspirei nela para falar para os empreendedores que não gostam de Carnaval, que isso não tem a menor importância, na hora de empreender, porque o importante é usar a data festiva, comemorativa, cultural (nível nacional e reconhecida mundialmente para fazer o que você ama e ganhar seu dinheiro).
Brigar com essas datas ou estar apático a elas, pode te fazer perder grandes oportunidades de mostrar seu talento.
Mesmo às vésperas do Carnaval, eu pedi à Kiki uma entrevista (seria em vídeo ou áudio, mas a carga horária dela não permitiu) e ela, super entusiasta do nosso trabalho, nos concedeu uma entrevista exclusiva e somos eternamente gratos à nossa diva criativa, que materializa ideias e cria soluções!
Com vocês, a Maria Dolores de la Sagra, empreendedora criativa (ela odeia isso, mas na linguagem do marketing é assim, ora bolas!) da Grande Rio, escola de Samba! Assustou? Quem conhece a Kiki sabe que ela uma das melhores sujeitas do mundo e não é doente do pé, mas não curte Carnaval, o que não a impediu de brilhar nos bastidores desta festa nacional, reconhecida internacionalmente, com seu talento artístico. Ela criou nosso home office e liderou a Rufus Garage Sale por 1 ano e agora, é artista do carnaval (será que esse termo ela vai gostar?)
Sem mais embromação, a entrevista:
BI: Como
é trabalhar no carnaval, como uma arquiteta, empreendedora criativa?
Kiki: Aqui não sou nada disso.
Sou a assistente de arte do carnavalesco Fábio Ricardo, e meu trabalho é
garantir que as alegorias (carros alegóricos) sigam as orientações de seu
projetista e idealizador.
BI: O
que tá sendo mais punk?
Kiki: O tempo. Curto.
Sempre curto para fazer tudo que encantará na Sapucaí.
BI: O
que te surpreendeu?
Kiki: O gigantismo nas
alegorias e nessa fábrica que é o Barracão da Escola.
Os carros chegam a ter,
totalmente erguidos (pois seguem dobrados ou rebaixados para a avenida) 9 metros
e meio de altura.
E nesse nada diminuto
barracão, temos equipes trabalhando simultâneamente. Louco.
Outra coisa. Muitos dos que
aqui trabalham, também não curtem a folia do carnaval. Encaram o fazer
alegorias e até fantasias como a arte que é, e como uma profissão simplesmente.
BI: Como
é esse mercado? A gente sabe que os preparativos movem a indústria do carnaval
o ano todo. Você emenda nesse soneto?
Kiki: Rolam algumas semanas
de folga entre um carnaval ou outro. Mas o carnavalesco já está pensando no
enredo do ano que vem. Acredite.
Se puder, sim, pretendo
continuar na equipe do Fabio.
BI: Como
é a Grande Rio? O que vai fazer você torcer no desfile?
Kiki: A Grande Rio creio
que seja como as outras agremiações. Não sou deste meio de carnaval, como
disse.
O que me fará
"torcer" como você disse, é simples: o ganhar representa o aceite e
mais ainda, o coroamento do trabalho iniciado lá atrás pelo Fabio Ricardo, com
a ajuda do Roberto Vilaronga, seu pesquisador e historiador.
Ganhar é isso.
BI: O
que não deveríamos perder de jeito nenhum na Sapucaí?
Kiki: A Grande Rio vem com
alas de figurinos elaborados e belos. Os carros, todos, tem alguma surpresa.
E, ainda que pela mídia,
pareça que falam de futebol, vale a atenção ao enredo. Pois é da Cidade de
Santos que fala, com sua peculiaridade , sua história e seus
"heróis".
BI: Como é a sinergia entre a
equipe multidisciplinar do Carnaval? Que tipos de empreendedores, profissionais
compoem?
Kiki: Como toda equipe
multiciplinar no Brasil, a sinergia por vezes é torta.
Ainda que atropelamentos de
prazos de execução aconteçam, ao final tudo se encaixa.
Temos cenógrafos,
historiadores, artistas, escultores, figurinistas, ferreiros, carpinteiros,
especialistas em efeitos especiais...
É muita gente envolvida nessa
ópera popular.
BI: Precisa gostar de samba e de
carnaval?
Kiki: Não. Precisa ser
competente no que faz. Tem lugar para todos. Do que varre o chão ao que empurra
o carro na rua.
BI: Dica
para quem quer entrar nesse ramo?
Kiki: Capacite-se. De
amadores já basta. O carnaval a cada ano pede mais pessoas capacitadas em suas
fileiras.
Você pode não ter nenhum
curso " oficial". Mas mesmo como aprendiz há que se ter gana de fazer
bem feito, de melhorar o que aprendeu.
BI: Mensagem
de carnaval para nossos leitores:
Kiki: Curte a folia?
Divirta-se respeitando quem não curte. Não curte? Faça como eu. Interne-se em
casa e saia de lá só na quinta feira!
BI:Em 2016 a Maria Dolores de
la Sagra vai...
Kiki: Fazer o que sempre
faz. Viver!
Enquanto isso, no Barracão da Grande Rio, eles não param e o desfile será no domingo, dia 7 de Fevereiro e será a quarta escola a desfilar! Ficou curioso, assista e poste fotos de você assistindo ao vivo ou na telinha, ou no telão com #granderiobykiki, dando sua opinião sobre os carros alegóricos e as surpresas que a Kiki comentou que traz cada carro e vamos mostrar para ela e postar aqui!
Jeito criativo para não perder ferramentas no barracão: Ela as pintou de dourado!
Ensaio técnico, acompanhando a escola e os carros, com seus olhos de Lince, profissionalismo e engajamento impecáveis!
Sucesso para a escola de samba Grande Rio, sucesso para a nossa Querida Maria Dolores de la Sagra neste novo empreendimento profissional! E se rolar uma miniatura de carro alegórico dando sopa, manda pro home office (ela é minha amiga e diz que sou pidona, mas é que sou fã das coisas dela!).
Quem quer um tutorial da Kiki em março, no especial #mulheresnocomando que vai rolar em março, hein? Comenta aí!
Uma vez escoteira, sempre escoteiria. Kiki integra a equipe do Fabio, que foi escoteiro também, já imaginou os dois no Barracão? Olhe o acabamento nas cordas, então...bem, mas na verdade essa foto me inspirou a te dizer algo que minha mãe (saudosa Dona Celi me dizia: faça tudo que estiver ao seu alcance, aprenda tudo e você vai usar em alguma situação!) e a Kiki usa tudo que aprendeu ao longo da vida e continua aprendendo e colocando em prática. Ela é realmente uma profissional com muitas facetas interessantes! E aí? Se inspirou?
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