2016 já começou faz um tempinho, mas como dizem que o ano só de fato
anda depois da quarta-feira de cinzas, somente após do Carnaval, então vamos lá, que a hora é agora!
Você que já curtiu férias, desfilou seu bloco na avenida, está
na hora de pôr em prática tudo aquilo que prometeu na virada no ano. Afinal de
contas, não foi em vão que usou amarelo, comeu lentilha, guardou as sementes de
romã. Ficar em casa vendo a vida passar não realizará seus sonhos. Bora
trabalhar?
Primeiro apresento informações nada agradáveis, porém bem realistas
para situar a conjuntura:
No inicio de janeiro foi divulgada uma pesquisa da Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)
informando que metade das famílias tinham dívidas e 17% tinham contas atrasadas
a pagar em 2015. O que chamou a atenção aos pesquisadores é que, inclusive na
faixa de renda superior, a dificuldade em quitar as contas também aumentou.
Passando de 5,4% em dezembro de 2014 para 8,3% em dezembro de 2015.
No mesmo dia, saiu a inflação medida pela Fundação Getúlio Vargas (que
não é a oficial usada pelo governo). E a cidade do Rio de Janeiro foi a capital
líder. O número da Cidade Maravilhosa ficou em 8,88%, isso porque, foram
excluídos os extremos inferior e superior (0,08% e 2,27%). No país, o índice, o
IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) ficou em 10,53%. A capital
“mais barata” foi Recife. No ano, o que mais pesou no Rio foram gastos com
alimentação, vestuário e transportes.
Sabendo destas informações dá para evitar cair em armadilhas e se
prevenir quando formos às compras.
Mas antes de gastar, precisamos saber a origem do dinheiro e para onde
ele vai. Fundamental fazer um diagnóstico de pelo menos três meses estáveis,
digo, “normais”, sendo o mais sincero possível. Os extratos da conta corrente e
do cartão podem ser fontes de consulta.
Não se esqueça de lançar as compras que foram parceladas, mas inclua
uma taxa de inflação, algo em torno de 10%.
Ainda nas despesas, considere lançar 20% a 25% a título de reserva
para formar patrimônio, ou seja, para investimentos, ou eventual emergência. E,
infelizmente, para 2016, estimar um orçamento um pouco pessimista, onde sua
despesa teria um custo de mais 10%, além daquele que citei acima das parcelas.
Isto porque, ainda teremos um período de pressão nos preços dos produtos e
serviços.
Pelo lado das suas receitas, vamos trabalhar também de forma mais
cautelosa. Se for profissional de carteira assinada, ótimo, até a página dois.
Pois as empresas, no geral, estão passando por dificuldade para manter os
funcionários empregados. Então, melhor, é você não exceder seus gastos. Se é
funcionário público, muitos órgãos estão atrasando os salários, você tem a
estabilidade do cargo, mas a incerteza da data do recebimento, a mesma orientação
de cautela é valida. E para quem é profissional liberal, onde a renda tem maior
oscilação, a recomendação é avaliar a receita dos 12 meses e usar os piores
meses como parâmetro. De fato, é ruim partir de um cenário deste, mas o que
vier será lucro!
E este é só o começo para suas finanças ficarem em ordem, é necessário
também avaliação periódica. Outro ponto é a disciplina da anotação e controle
dos pequenos gastos, onde estão os “escapes” do nosso dinheiro que não
percebemos. Por isso, reforço o meu texto: Diáriodo Consumidor – Por que anotar?
E por fim, com o orçamento equilibrado, o processo de acumulação de
patrimônio e escolha dos investimentos mais adequados se dará de forma
consciente e necessária. Sempre com o objetivo de atender os planos traçados.
A Fernanda Brum pode te ajudar a cuidar de suas finanças via Skype, ou presencialmente. Entre em contato! Ela vai ministrar o PRATICANDAR, dia 01 de março e ainda temos algumas vagas hoje.
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