Cresci com inúmeros conceitos invertidos e uma falsa noção de liberdade, devido ao desconhecimento dos que me criaram e também pela realidade em que eu cresci, o que consequentemente me tornou uma mulher insegura e dependente, que acreditava que a forma como vivia, se comportava ou se vestia, por exemplo, determinariam os rumos do futuro. Mesmo assim, apesar de ter recebido tais instruções, sempre fui meio contra o "sistema", o que me fez levar a fama de ovelha negra.
Anos depois, descobri que minha rebeldia era com causa, e que os motivos de eu ser diferente da maioria das meninas era que meu espírito tinha essa essência livre. Já fui discriminada por ser gorda, por ser mulher, por ser umbandista, por usar roupa curta, por ter namorado demais, e indo contra isso tudo, descobri que o verdadeiro sentido do feminismo era a busca da liberdade para que a mulher tenha o direito de fazer o que ela quiser com a sua vida.
Sei que milhares de mulheres passam pelo que eu passei, recebendo mensagens erradas ao longo de sua fase de formação. Sei que muitas delas julgam-se sempre culpadas pelo simples fato de terem nascido mulheres. Se sentem diminuídas, inseridas numa sociedade machista, onde o gênero ainda é um fator importante para determinar a função no emprego, o valor do salário ou o papel na sociedade. Um lugar onde a voz da mulher é apenas um sussurro, onde cólica é mimimi, mulher grávida não serve para muita coisa, licença maternidade é um desperdício, sem falar nos casos de violência, onde a culpa sempre recai sobre os ombros da mulher.
É contra isso que preciso lutar, pois, mesmo com as inúmeras ações em defesa da liberdade da mulher e da equidade de gênero, o movimento ainda é pequeno e estereotipado, não tendo a força e o reconhecimento que merecem. A conscientização e a orientação das mulheres é o primeiro passo, e talvez o mais importante, para que elas consigam identificar os abusos muitas vezes inseridos de forma errada como sendo fatores culturais.
Seguindo essa linha de pensamento, gostaria de deixar uma indicação de leitura. Essa semana eu li o livro 'Lugar de Mulher: é onde ela quiser', das maravilhosas Ana Paula Barbi, Clara Averbuck e Mari Messias, do blog Lugar de Mulher. Não farei resenha, nem darei spoiler, mas posso dizer que me identifiquei em muitos momentos com os causos, e chorei um monte de outros também, ao perceber a violência velada, ou explícita, vivida por tanta gente, sem que elas (ou a gente) nem percebam.
Por hoje é isso, lindezas... A gente se vê!
É contra isso que preciso lutar, pois, mesmo com as inúmeras ações em defesa da liberdade da mulher e da equidade de gênero, o movimento ainda é pequeno e estereotipado, não tendo a força e o reconhecimento que merecem. A conscientização e a orientação das mulheres é o primeiro passo, e talvez o mais importante, para que elas consigam identificar os abusos muitas vezes inseridos de forma errada como sendo fatores culturais.
Seguindo essa linha de pensamento, gostaria de deixar uma indicação de leitura. Essa semana eu li o livro 'Lugar de Mulher: é onde ela quiser', das maravilhosas Ana Paula Barbi, Clara Averbuck e Mari Messias, do blog Lugar de Mulher. Não farei resenha, nem darei spoiler, mas posso dizer que me identifiquei em muitos momentos com os causos, e chorei um monte de outros também, ao perceber a violência velada, ou explícita, vivida por tanta gente, sem que elas (ou a gente) nem percebam.
Por hoje é isso, lindezas... A gente se vê!
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