Que apego é
este que as pessoas têm pela caderneta de poupança?
Um dia destes
ouvi de uma pessoa que sei que tem esclarecimento sobre opções de investimentos,
pois já me confidenciou que acompanha meus textos e tem aprendido com eles e me
disse que precisava resgatar da poupança para pagar suas contas. Confesso que
quando terminei de ouvi aquela frase quase tive uma síncope! Mas como assim?
Ainda mantem aplicação em poupança com outras opções mais rentáveis e tão
seguras quanto existentes no mercado?
Então, fiquei
me questionando querendo entender de onde vem esta idolatria pela poupança.
Vamos lá, com um
pouco de história:
Primeiro,
porque é um dos primeiros produtos financeiros criados no Brasil. A poupança é
de 1861, foi criada por Dom Pedro II, já com remuneração contratada a 6%ao ano¹,
destinada às classes menos abastadas.
Em 1915, mulheres
casadas também podiam fazer depósitos na poupança. Uau! Grande vitória para a
época, ainda bem que os tempos são outros!
Vários anos se
passaram, os bancos criaram seus slogans famosos, seus personagens incentivando
as pessoas a guardarem as moedas nas latinhas. Quem nunca teve uma latinha recebida
pelo pai/mãe ou avôs?
Aí então chegou
o pesadelo, Plano Collor, “uma vida
inteira de economias congeladas”, nas mãos do governo!
A data fatídica
é 16 de março de 1990, exatos 26 anos, o governo anunciou o congelamento de 80%
de todos os depósitos das contas correntes e cadernetas de poupança que
excedessem a 50 mil cruzados novos por 18 meses.
Depois deste
episódio, todas às vezes que são divulgadas noticias de possíveis mudanças nas
regras na poupança a população fica aflita, pois o trauma é gigantesco. Pessoas
perderam a vida naquele Plano econômico.
Pelo fato da
poupança não ter isenção, ser de simples entendimento pela maioria da população
e existir por mais de 155 anos, entendo este “amor”, mas acredito que amor
maior a pessoa precisa ter com o seu bolso e seus sonhos. Pois, com a inflação acima
de 6%, ela destrói seu poder de compra.
Veja: A poupança
ano passado rendeu: 8,07% e a inflação rendeu ano passado: 10,67%. Se você estava
com seu dinheiro na poupança, perdeu para a inflação, pois ela foi maior.
Os substitutos
são:
Certificado de Depósito Bancário (CDB). Os bancos pequenos têm oferecido
taxas bastante atrativas. Sugiro limitar até R$ 200 mil, pois o Fundo
Garantidor de Crédito atende até R$ 250 mil por CPF e instituição financeira.
Outra opção são
os fundos de renda fixa conservadores
procure fundos com baixas taxas de administração, limitada a 1% a.a.
E por fim, Títulos Públicos, em especial Tesouro
Selic, que são títulos que acompanham a variação da taxa de juros.
Todos estes
produtos eu detalhei nos textos publicados ano passado com os seguintes títulos:
Você conhece os produtos de renda fixa privado? & Saia
da zona de conforto nos investimentos.
Vale a pena conhecer
um pouco mais sobre eles para encerrar em paz este caso de amor com a poupança!
Rumo ao novo amor!
¹ "Desde 4 de maio de 2012, a rentabilidade da poupança depende da taxa básica de juros, a Selic. A remuneração da poupança é de 0,5% ao mês e 6,17% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial (TR), taxa de juros atualizada diariamente pelo Banco Central para servir de base para a rentabilidade de diversos investimentos".Fonte:Guia Bolso
Comentários