Perspectivas e atitudes decisivas para um 2016 feliz


    Definitivamente, disciplina e planejamento precisam andar juntos. Em todo lugar onde vejo a disciplina presente, o sucesso é o resultado. Não há esforço sem dedicação, por isso, chego agora no final do ano com o este texto onde escrevo o que desejo para o próximo ano.
       Este 2015 não foi nada fácil, muitos altos e baixos, parece até que tivemos muitos baixos. Mas em todas as situações podemos ver dois lados. E ainda que estejamos na adversidade, devemos buscar sempre tirar lição daquela rasteira que a vida nos deu. Não questionar os motivos, ou porque comigo, se fazendo de vitima.  Mas sim se questionar porque para mim? O que vou ganhar com isso? Para que estou passando por isso? 
       De acordo com o João Cordeiro, autor do livro Accountability – A evolução da responsabilidade pessoal, certas pessoas têm como característica a desculpability: a habilidade de se livrar de qualquer responsabilidade, colocando a culpa nos outros ou nas circunstancias. Contrapondo a este comportamento felizmente existem as pessoas que têm uma “virtude poderosa” agindo intuitivamente, são os accountables. Praticar a accountability é “fazer o certo, responder de forma correta a cada situação adaptam-se aos problemas cotidianos.” São pessoas poderosas e transformadoras. Enfim, “ser Accountable é pegar para si a responsabilidade.” Acredito que é esta a virtude que precisaremos incorporar para que o ano de 2016 seja vitorioso e melhor do que 2015.
      Sabemos que não poderemos contar com os nossos governantes, pois a cada dia vemos que as instituições públicas estão mais envolvidas em corrupções e dívidas. Surpreendentemente, temos assistido os governos em diversas esferas com grandes dificuldades em honrar os pagamentos das folhas salariais. Então, cabe a cada um de nós, cidadãos assumirmos nossas responsabilidades e sermos seres Accountables em nossas casas, trabalhos e nossa sociedade para transformarmos o que vemos de crise e problemas em soluções.
     Sinceramente, não tenho a solução e nem a formula perfeita. Especialmente hoje, enquanto escrevo este texto estou bastante desanimada com o futuro do nosso país. Recentemente, ouvi de um experiente investidor uma frase que tem ecoado em minha cabeça e é bem preocupante. Ele disse que só se lembrava de ter ficado tão desgastado este ano como em 1990, quando o Governo Collor confiscou a poupança.* Este foi um dos mais desastrosos pacotes econômicos do país, inclusive com casos de suicídio. Não quero crer que estamos indo para uma crise tão profunda e tão traumática quanto aquela. Ainda nutro alguma esperança.
      Que tal se seu comprometimento para o próximo ano seja mudar de atitude e não cobrar dos outros? Esperar que fizessem por você? Que tal se a mudança começar internamente?
        Sempre me lembro de um comentário de uma gestora que falava para mim todas as vezes que eu questionava porque o cliente cobrava o estorno da CPMF de 0,38% sobre a aplicação que ele fazia e o banco sempre o reembolsava. Não achava justo. Se era imposto devido, achava que ele deveria pagar. E ela me respondia dizendo, por isso que ele está cada vez mais rico. O que o banco ganhava na aplicação era mais do que o reembolso. Para o banco não era prejuízo, claro! E para o cliente também era vantagem. Moral da história: se não brigamos por nosso dinheiro, ainda que sejam centavos, alguém sairá lucrando.
      Então, minha pergunta é quais são as atitudes decisivas que tomará para que seja feliz em 2016? Pois, como disse Albert Einstein: “Não há nada mais insano do que fazer as coisas sempre da mesma maneira e esperar que os resultados sejam diferentes.”

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