Como é bom contar com os amigos!



No último dia 20, foi comemorado o dia do amigo. Quem tem o privilégio de poder contar com uma verdadeira amizade sabe que isso vale muito na vida. O amigo é aquele parceiro que está presente nos bons e nos maus momentos, e muitas vezes são nos piores que nos surpreendemos com quem podemos contar.
É minha gente, é fato, estamos num período de recessão, onde a cada dia os números da nossa economia são ruins. Dados divulgados recentemente indicam que os brasileiros estão resgatando mais da poupança e se tornando inadimplentes em contas de consumo básico, como luz e água.
As opções apresentadas no mercado para empréstimos são com juros altíssimos devido ao risco que a instituição tem por não receber o recurso, e além, é claro, de obter lucro na operação.
É neste momento de dificuldade financeira que nos lembramos dos nossos queridos “amigos do peito”.
Definitivamente, não é uma situação confortável ter que recorrer a um amigo para pedir uma ajuda financeira, porém é infinitamente mais barato do que ir às instituições.
Então, se você precisa deste auxílio, minha recomendação é que seja bastante sincero justificando o porque precisa desta quantia e o que o levou a chegar nesta situação. Já apresente suas soluções para sair deste imbróglio.
Algumas iniciativas importantes que devem partir de quem pede o empréstimo são:

  • Formalizar num contrato os termos bem definidos entre vocês dois;
  • Definir uma remuneração. Sugiro que corrija pela variação do CDI no período. Acho justo com quem empresta, pois poderia ser esta a remuneração caso o valor estivesse aplicado;
  • Combinar a forma de pagamento, como a quantidade e valor das parcelas.

Importantíssimo que, apesar de ser seu amigo, na verdade, acho até que por ser seu amigo, você deve priorizar esta dívida. Não vale deixar de paga-lo e sair de férias viajando, trocando de carro ou continuar assumindo mais dívidas.
Outro tipo de ajuda que acontece entre amigos é no momento em que aluga um imóvel e precisa de um fiador. Quem aceita ser fiador precisa saber os riscos desta garantia dada pelo aluguel.
O fiador assume as responsabilidades financeiras de quem aluga. Se a pessoa para quem você se tornou fiador deixou de pagar será o seu nome que ficará sujo e sob o risco de ter seus bens e imóveis penhorados para quitar a dívida.
Pode ser que você nem saiba que o seu amigo não está pagando o aluguel e ser surpreendido com uma carta de cobrança, pois você é solidário financeiramente neste imóvel.
O que pode ser feito para evitar estes problemas é na assinatura do contrato o fiador escolher ser responsável subsidiário e não responsável solidário. Sendo só subsidiário, o fiador responderá pela dívida depois de serem executados os bens do inquilino.
Outras opções são você exigir um cheque ou depósito caução, e claro, pesquisar como andam as finanças deste amigo. Não é porque está pedindo para ser fiador que está “mal das pernas.” E cá entre nós, se ele estiver, melhor recusar...
Há alternativas com custos maiores que não envolva um fiador, como seguro-fiança feito por seguradoras e caução, onde o depósito é feito na conta poupança do proprietário, ou ainda um título de capitalização (lembrando que este último NÃO é investimento!).
De todo modo, acredito que se colocar no lugar do outro é a melhor forma de analisar uma situação.
Então, independente do lado que esteja, pense que um dia você pode estar do outro, e é melhor ser correto e honesto com aquele que confiou dinheiro a você.
E caso não haja negócio entre vocês, saiba que é delicado para os dois lados, mas o importante é ter o amigo por perto, nem que seja para dividir os dramas da vida...

E como diz Renato Teixeira na música Amizade Sincera:
“Por isso mesmo apesar de tão raros
Não há nada melhor do que um grande amigo”

Dedico este texto aos meus amigos do colégio, da faculdade, do trabalho, dos cursos, da vida, aos amigos dos amigos, à família.

Feliz Dia do Amigo!


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